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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Aê... se a conversa estiver boa eu espero!
Eu sou do tempo em que, na parede frontal do templo havia uma inscrição que dizia assim: Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus. Ec 5:1. E era literal o sentido do verso. Como em qualquer local onde se reúnem muitas pessoas, seja igreja, teatro, centros culturais, etc é incrível como sempre dá uma "dor de barriga" justamente na hora que o preletor começa a falar.
Então, lembro-me de uma ocasião em que os jovens se sentaram nos últimos bancos (como sempre), e você sabe, lá nos últimos bancos, enquanto o pastor pregava dava pra se fazer de tudo, ou melhor quase tudo. Desde marcar o horário dos ensaios até conquistar uma gatinha, se o camarada fosse bom de lábia já saía do culto compromissado com o "Senhor" e com "la chica". O pastor, que não era sonso como alguns pastores de hoje em dia já ficava atento à movimentação da galera, enquanto o momento de louvor e ou músicos estavam em atividade, estava todo mundo ali, era só o pastor começar a pregar, dava uma sede na turma, não da palavra, sede de água mesmo que não parava ninguém dentro do templo, aí não tinha pastor que aguentasse.
Pois bem, num certo dia, (na hora da mensagem é claro) a prosa estava tão boa lá no fundo que o pastor parou a mensagem e, de acordo com alguns irmãos mais idosos, o silêncio durou uns 20 segundos, quando a gente percebeu que o pastor estava quieto aí foi feio, a turma não sabia onde enfiava a cara, quando o pastor falou: Aê... se a conversa estiver boa eu espero! Meu amigo, o pito foi feroz. Na década de 80 e meados de 90, parece que os pastores eram mais machos, tinham autoridade, eram respeitados e também respeitava os membros. Quem brincasse de ser crente era punido tão logo fosse comprovado a farsa. 1 Timóteo 5:20 diz assim: Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. É assim que tem que ser. Depois que os "pastores psicólogos" começaram a dizer que não se pode chamar a atenção de alguém na presença dos demais que pode deixá-lo traumatizado virou essa zona que está a igreja hoje.
Lembro-me de algo que assustava todos os irmãos, principalmente os jovens. Era quando bem no finalzinho da EBD o pastor dizia assim: Fulano(a), estou te esperando no meu gabinete! Vich! era o fim! Ser chamado no gabinete naquela época era como levar um cartão amarelo no final do campeonato e, estar sujeito a ficar de fora da final. Ninguém ficava sabendo do que se tratava, porém, pra ser chamado no gabinete pastoral era porque o negócio era sério. Ninguém era convocado a "depor" por pouca coisa. Outra coisa, se o camarada fosse chamado duas vezes no gabinete o nome já ia direto pra assembléia para apreciação da igreja e, afastamento ou exclusão. Hoje o membro bebe, fuma, transa com a mulher do próximo, trai o marido e porque é um bom dizimista, não tem pastor macho pra excluir gente assim. O membro tem um péssimo testemunho, sonega, engana, mente, tem "nome" na sociedade e fica por isso mesmo. Esquecem de que fezes também tem nome, entendeu? Está faltando pastores como aqueles da década de 80 nos dias de hoje, se não  a coisa vai ficar mais feia ainda.
Chega de meias palavras, é preciso ser direto, é preciso honrar a Palavra de Deus, não falsificando-a para benefício próprio. Chega de mentiras, chega de hipocrisia, chega de fazer de conta que você é pastor, crie coragem, tire esses lobos do meio das ovelhas, antes que seja tarde demais.

Autor: Rogério Francisco Alves


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